O Auxílio Brasil começou a ser pago no dia 17 de junho e nesta semana o pagamento do Auxílio Brasil e do Auxílio gás continuam. Os benefícios serão entregues até o dia 30 deste mês, conforme o calendário estabelecido.
O Auxílio gás segue o mesmo calendário de pagamento do Auxílio Brasil. Hoje, quem terá acesso a ajuda do governo são os beneficiários com o NIS terminado em 3. Para saber o valor que irá receber, basta consultar o extrato de pagamento no aplicativo do Auxílio Brasil.
O valor mínimo do Auxílio Brasil é de R$400,00 e do Auxílio Gás, R$53,00. Lembrando que não são todos que recebem o Auxílio Brasil recebem o Auxílio Gás. Pessoas que não recebem o Auxílio Brasil podem receber o Auxílio Gás, por isso, vale a pena conferir no aplicativo se o benefício foi liberado para sua família.
AUMENTO AUXÍLIO BRASIL
O governo cogita a possibilidade de aumentar o Auxílio Brasil, passando para R$600,00 ao mês por família. No entanto, O ministro da Economia, Paulo Guedes, não se mostrou favorável a isso.
O aumento do benefício faria com que o teto de gastos do governo fosse ultrapassado, gerando possíveis problemas para o Presidente Jair Bolsonaro em caso de reeleição.
Esse teto de gastos foi implementado em 2017, quando Michel Temer era o presidente do país. Ele define um limite de gastos para a União, de forma que o governo não pode gastar mais do que foi gasto no ano anterior. O aumento pode ser apenas para correção da inflação. Ou seja, o teto de gastos aumenta conforme a inflação aumenta. Isso será válido por 20 nos, a partir de 2017.
O Auxílio Brasil atende hoje mais de 18 milhões de famílias, por isso o aumento de R$200 implicaria um forte impacto nos gastos do governo.
E mesmo com tantas pessoas assistidas, existe uma fila de 2,78 milhões de famílias esperando para ter acesso ao benefício. Esse valor representa mais que o dobro de famílias aguardando desde o mês de abril, já nesse período havia 1,307 milhões de famílias aguardando, conforme mapeamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Esse crescimento acelerado de famílias na chamada demanda reprimida tem causado preocupação nos prefeitos, que sentem a cobrança da população, pois o cadastro para entrar no programa passa pelo CRAS, que é de administração municipal.
De acordo com esse mapeamento da CNM, a fome no Brasil cresceu tanto que chegou ao nível que estava dos anos 1990. Hoje, cerca de 33 milhões de pessoas não têm o que comer no país, um aumento de 14 milhões de pessoas se compararmos com o ano de 2021
Ainda conforme a CNM, a previsão orçamentária para o Auxílio Brasil deste ano, que é de R$ 89 bilhões, não é mais suficiente para zerar a fila. Eram mais de 25 milhões de famílias registradas no Cadastro Único em 2021 e hoje esse número cresceu para mais de 33 milhões de famílias.
Especialistas chamam a atenção para a necessidade de uma mobilização para enfrentar o aumento da fome no país. Para alguns, existem falhas na forma como o Auxílio Brasil é constituído e alertam para a necessidade de direcionar recursos ao Alimenta Brasil, programa de aquisição de alimentos de agricultores familiares e doação para famílias em situação de insegurança alimentar.
O Auxílio Brasil hoje é constituído por três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas, científicas e acadêmicas.
Podem receber o benefício famílias com renda per capita de até R$ 105, consideradas em situação de extrema pobreza e aquelas com renda per capita de até R$ 210, consideradas em condição de pobreza, desde que tenham na sua composição gestantes, mulheres que amamentam, crianças, adolescentes e jovens de até 21 anos que ainda estejam matriculados na rede básica de ensino.
Inicialmente, é feito um cadastro da família no Cadastro Único e depois o representante dessa família deve comparecer ao CRAS mais próximo para entregar a documentação exigida.
Veja no vídeo abaixo mais informações sobre o Auxílio Brasil.