Ícone do site Instituto Montanari

Avaliação social para o BPC: O que eles perguntam, como funciona, o que não fazer?

avaliação social para o BPC

avaliação social para o BPC

Desde junho de 2019, todas as pessoas com deficiência que solicitam o BPC LOAS precisam passar por uma avaliação social para o BPC, além da perícia médica.

Essa avaliação é realizada por assistente social e irá analisar os fatores ambientais, a existência de impedimentos nas funções e estruturas do corpo e barreiras ou limitações à participação da pessoa com deficiência nas atividades do dia a dia.  

Na avaliação, para cada um destes aspectos será verificada se existe ou não barreiras e, se existirem, qual o grau da alteração, que poderá ser classificado como leve, moderada, grave ou completa. 

Quando a avaliação social detecta, por exemplo, a existência de barreiras graves ou completas no aspecto ambiental, já pode ser solicitada a dispensa de avaliação socioeconômica.

Como funciona a avaliação social para o BPC?

A avaliação social para o BPC funciona através de uma entrevista que é realizada na agência do INSS, onde o assistente social irá fazer uma série de perguntas para o solicitante, a fim de averiguar se essa pessoa preenche ou não os requisitos necessários para receber o benefício.

A primeira etapa da avaliação consiste na análise das informações existentes no Cadastro Único: as informações ali existentes são corretas? Elas estão atualizadas?

Depois, entra a etapa mais específica da vida da pessoa que entrou com a solicitação para receber o BPC LOAS.

Neste aspecto, o avaliador irá tentar compreender:

Então, o assistente social irá determinar a renda per capita mensal daquela família, para identificar se a pessoa idosa ou com deficiência preenche os requisitos financeiros necessários à concessão do benefício. 

Renda Per Capita Familiar BPC

Essa determinação da renda per capita familiar é importante porque, para que uma pessoa tenha direito ao BPC, a renda per capita familiar não pode ultrapassar ¼  do valor do salário mínimo, ou seja, R$ 275,00.

Para chegar nesse valor é necessário somar a renda de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, e depois dividir pela quantidade de pessoas integrantes na família.

Entram como rendimentos salários, proventos, pensões, pensões alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada, seguro-desemprego, comissões, pró-labore, rendimentos do mercado informal ou autônomo e rendimentos de patrimônio. 

Mas, recursos provenientes de remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz ou estagiário, benefício do Bolsa Família, benefícios e auxílios assistenciais eventuais e temporários, como é o caso do Auxílio Emergencial e BPC ou benefício previdenciário no valor de até um salário mínimo recebido por outro idoso ou pessoa com deficiência pertencente à mesma família não entram na soma para o cálculo da renda familiar per capita.

Vale destacar que esse ano a legislação do BPC foi alterada, permitindo que a renda familiar passe a ser de meio salário mínimo, ou seja, R$ 550,00, em casos excepcionais. Tais exceções deverão ter em conta os seguintes critérios: 

Lembrando que todas essas informações precisam ser comprovadas através de documentos. Não vai adiantar, por exemplo, você apenas dizer que gasta X reais em fraldas ou medicamentos todos os meses. Você precisará comprovar esse gasto com documentos, caso contrário, a informação não será considerada. 

Esse ponto é muito importante para que não venha a ter o benefício negado por não ter apresentado o comprovante de alguma despesa que venha a possuir. Então, antes de solicitar o BPC se prepare reunindo toda a documentação para comprovar a sua situação.

O que não fazer na avaliação social para o BPC?

Agora que você já sabe como funciona a avaliação social para o BPC, é fundamental que você seja completamente verdadeiro ao responder todas as questões solicitadas pela assistente social.

Nunca, jamais, omita ou minta sobre nenhuma informação na avaliação social para o BPC.

Tem muito gente que acaba tentando dar um jeitinho para se encaixar na renda per capita permitida, como omitindo que é casado, para que a renda do companheiro não faça parte da soma total, por exemplo.

Mas atenção: isso é a pior coisa que você pode fazer ao tentar solicitar o benefício. 

O INSS faz um cruzamento de dados, com outras bases de dados do governo, para confirmar todas as informações que você prestou para o órgão. 

Quando ele detecta que houve alguma tentativa de fraude ele irá não apenas negar o benefício, como corre os risco de pedir o dinheiro de volta caso você já tenha recebido o BPC por algum tempo. Ou seja, essa análise continua sendo realizada mesmo depois do benefício ter sido concedido.

Assista o vídeo sobre avaliação social para o BPC:

https://youtu.be/u_9XCz-JsHg