Ícone do site Instituto Montanari

Fim do Auxílio Emergencial Deixa 20 Milhões de Pessoas na Linha da Pobreza

fim do auxilio emergencial

O fim do Auxílio Emergencial foi decretado em 2020. Embora muitas frentes tenham se posicionado contrárias ao encerramento, o Governo Federal não deu esperança para mais uma prorrogação e, com isso, cerca de 20 milhões de pessoas ficam na linha da pobreza.

O Auxílio Emergencial foi um programa de distribuição de renda adotado como formaa de diminuição de impactos causados pela crise que se iniciou em 2020.

O fim do Auxílio Emergencial foi prorrogado por duas vezes e se encerrou na 9ª parcela. Desde então, a população passou a se preocupar com a manutenção da renda, já que o encerramento do programa poderá levar de 10 a 15% de população à linha da pobreza.

Em 2020, além de vidas, milhões de empregos foram ceifados, já que muitas empresas tiveram que suspender suas atividades ou diminuir os funcionários. Com a queda de receita no país, tornou-se inviável manter a economia – que já andava mal das pernas – como estava.

Em face dessa realidade, o Governo criou o Auxílio Emergencial. Embora o programa tenha enfrentado algumas dificuldades de logísticas no início, milhões de brasileiros puderam ter acesso e garantir que ao menos suas necessidades básicas fossem mantidas.

O valor inicial indicado pelo atual presidente Jair Bolsonaro era de R$200 reais, mas por pressão da oposição e das frentes progressistas, o valor passou a ser de R$600 reais, enquanto as mães que eram responsáveis pela renda familiar tiveram direito a pagamentos de R$1.200 reais.

Com a prorrogação, o valor caiu pela metade, prejudicando o orçamento de milhões de famílias, e com o fim do Auxílio Emergencial, a crise se agrava ainda mais, sobretudo pelo aumento de casos da doença que o país tem enfrentado depois das festas de fim de ano.

 

Fim do Auxílio Emergencial e os Impactos no Orçamento Familiar

De acordo com o percentual divulgado mais recentemente, o fim do Auxílio Emergencial poderá levar de 10 a 15% da população na linha da pobreza, o que representa de 20 a 30 milhões de brasileiros.

Esse dado é quase o triplo da última previsão, divulgada e novembro passado pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.

O impacto no orçamento familiar causado pelo fim do Auxílio Emergencial é ainda mais preocupante se considerarmos as pessoas que integram a linha da extrema pobreza. De acordo com dados divulgados em agosto de 2020, o país já contava com 4,8 milhões de pessoas, ou seja, 2,3% da população vivendo com menos do que o mínimo para atender às necessidades básicas de alimentação, moradia e higiene.

Agora em janeiro, passados cinco meses da divulgação desses dados, o fim do Auxílio Emergencial fez com que as taxas de extrema pobreza atingisse o mesmo marco dos anos de 2006 a 2010.

 

Possibilidade de Uma Nova Prorrogação

Em janeiro, muitos políticos gozam do recesso parlamentar, mas, como explicamos neste post, diversos senadores assinaram a petição para uma convocação extraordinária.

Ou seja, exige-se que parte do parlamento retorne às atividades para julgar uma possível prorrogação do Auxílio Emergencial. Essa medida já conta com diversas assinaturas, já que os novos números de casos confirmados no país continuam a crescer depois de um período de interrupção.

Acredita-se que a situação tenha sido desencadeada pelas aglomerações que tenham ocorrido nas festas de fim de ano e viagens de férias, levando muitos hospitais à superlotação.

Fato é que o fim do Auxílio Emergencial prejudicará milhões de brasileiros. Muitos daqueles que ficaram desempregados não têm perspectiva para colocar comida na mesa, já que a inflação fez com que os preços de produtos básicos subissem consideravelmente.

No fim das contas, com o fim do Auxílio Emergencial e aumento no preço de produtos básicos de alimentação e higiene, a equação não fecha e o racionamento está sendo aderido por cada vez mais brasileiros.