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Greve dos Caminhoneiros: Entenda como está a situação!

greve dos caminhoneiros

O que há alguns dias era especulação, vem se confirmando: uma nova greve dos caminhoneiros está prevista para os próximos dias. Espera-se que haja uma paralisação no segmento no dia 1º. Entenda o que esperar nessa greve dos caminheiros.

Não há, no entanto, expectativa de quanto tempo irá durar essa nova paralisação. As principais reivindicações dos motoristas incluem melhores condições de trabalho, direito à aposentadoria especial que está ameaçada, como explicamos neste post, além de combate ao aumento do preço do combustível e marco regulatório do transporte marítimo.

 

Nova Greve dos Caminhoneiros Partiu do CNTRC

A decisão de aderir a uma nova greve dos caminhoneiros, semelhantemente aos moldes da paralisação que houve em 2018, partiu do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).

O referido conselho conta com mais de quarenta mil caminhoneiros apenas em São Paulo, além de contar com mais filiados em outros estados brasileiros.

Ocorre que muitas entidades estão apoiando a causa, inclusive sindicatos e instituições de classe e, por isso, ainda não se sabe com precisão qual será o tamanho da greve dos caminhoneiros de 2021.

Vale lembrar que em 2018, ainda sob a gestão federal de Michel Temer, a paralisação promovida pela classe durou dez dias e em alguns lugares houve até mesmo a interrupção de passagem nas rodovias. Acontece que a situação atual é ainda mais grave do que em 2018 e a maior parte da pauta poderia ser atendida pelo Governo Federal, que obteve apoio em massa da categoria durante a eleição presidencial.

O atual presidente Jair Bolsonaro pediu aos motoristas que adiassem a greve dos caminhoneiros e que levassem em consideração o momento delicado em que vivemos, sobretudo com o início efetivo do Plano Nacional de Imunização (PNI), em que milhões de pessoas precisam se locomover para se vacinarem.

Ainda conforme Bolsonaro, o Governo Federal avalia diminuir o PIS e COFINS o que se traduz em redução no valor do diesel. Sabe-se, contudo, que isso não algo fácil.

 

O Que Esperar da Greve dos Caminhoneiros de 2021?

De acordo com Plínio Dias, o presidente do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), espera-se que 80% dos motoristas em atividade no país adotem à greve dos caminhoneiros.

Esse número é altamente significativo e expressa a insatisfação que a classe está tendo com as condições de trabalho e com o tratamento que o Governo Federal tem com as reivindicações.

Outro nome de peso que chancelou a robustez da nova greve foi o apoio da FNP (Federação Nacional de Petroleiros).

Plínio ainda apontou, ainda, que essa greve é reverberação da de 2018, já que de todas as reivindicações daquele ano, apenas o eixo erguido de pedágio foi atendido, e todas as outras que constituíam a pauta ficaram apenas em promessas.

Por fim, o diretor do CNTRC recomenda que todas as pistas sejam integralmente interditadas, abrindo livre passagem apenas para ônibus, caminhões com insumos hospitalares e os com carga.

Plínio declarou que “Se os caminhoneiros tivessem sido atendidos antes de segunda-feira, não haveria paralisação (…). É prazo indeterminado até o governo chamar, o senhor presidente Bolsonaro, chamar o conselho e também juntamente com a categoria, para a gente fazer uma reunião aberta, para decidir o que vai acontecer com a nossa pauta. Da maneira que está, ninguém vai trabalhar, não”.

Por fim, o presidente reiterou que:

“É um projeto desastroso, que o ministro Tarcísio falou que iria tirar a urgência desse projeto. Afirmando que fariam as audiências públicas. Como ele não cumpriu com a palavra, não retirou a urgência. Nossa categoria está muito preocupada porque se isso daí for passar no Senado e for sancionado pelo presidente, essas empresas estrangeiras vão só usar as cotas próprias. Eles querem baratear 40% e ainda querem retirar as cargas das viagens longas dos caminhoneiros. Nesse projeto, não foram feitas audiências públicas para ver o impacto social. Esse projeto não fala do lado humano dos caminhoneiros que vivem nos portos”.