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Novo Grupo Terá Acesso Prioritário ao Bolsa Família com Decisão do Governo

Bolsa Família

O Bolsa Família, um dos mais importantes programas de transferência de renda do Brasil, passará a incluir um novo grupo de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que garante prioridade no acesso ao programa para mulheres resgatadas de condições análogas à escravidão. A decisão representa um avanço significativo nas políticas públicas de inclusão social e proteção aos mais necessitados.

Medida Aprovada pela Câmara dos Deputados

O projeto de lei, de autoria do deputado Reimont (PT-RJ) e relatado pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), busca atender mulheres que enfrentaram condições de trabalho degradantes e desumanas. A proposta prevê a inclusão prioritária dessas mulheres no Bolsa Família, desde que atendam aos critérios de elegibilidade do programa.

Além disso, o projeto concede a essas mulheres seis parcelas de seguro-desemprego, uma medida crucial para oferecer suporte financeiro imediato e tempo para que possam reestruturar suas vidas.

A deputada Benedita da Silva destacou que a prioridade no Bolsa Família foi escolhida como alternativa ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para evitar a necessidade de uma emenda constitucional, o que agilizaria a implementação das medidas.

Inclusão no Cadastro Único e Outras Garantias

Outro ponto importante do projeto é a inclusão obrigatória das mulheres resgatadas no Cadastro Único, ferramenta essencial para acesso a diversos programas sociais. Essa medida busca conectar essas vítimas a uma ampla rede de apoio, ampliando suas oportunidades de reintegração social e econômica.

O texto também prevê a adoção de medidas complementares previstas na Lei Maria da Penha, oferecendo proteção jurídica e segurança às mulheres, além do suporte financeiro.

Impacto Social e Dados Relevantes

A proposta surge como resposta ao alarmante cenário do trabalho análogo à escravidão no Brasil. Em 2023, o país registrou 3.190 resgates, o maior número desde 2009. Entre 2003 e 2023, 2.488 mulheres foram resgatadas dessas condições, o que evidencia a necessidade de políticas públicas direcionadas a esse grupo.

Além de reforçar a proteção social, a iniciativa reafirma o compromisso do governo com a erradicação do trabalho escravo, articulando ações que combinam assistência financeira e suporte jurídico.

Com o projeto aprovado, a medida segue agora para o Senado Federal. Caso sancionada, espera-se que a decisão contribua para transformar vidas e promover justiça social no país.