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Vacina da Johnson: Eficácia de 66% em dose única

vacina da Johnson

A vacina da Johnson é eficaz, segundo a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos). Segundo a agência, a vacina da Johnson contra a Covid-19 pareceu segura e eficaz em testes, oferecendo alta proteção contra os casos graves e mortes por Covid-19. O documento foi publicado nesta quarta-feira(24.02) e abriu caminho para que a vacina seja aprovada para o uso emergencial.

O FDA conta também com uma comissão de especialistas independentes, além dos funcionários da agência. A comissão deve se reunir na sexta-feira (26.02) para aprovar ou não a vacina. Anteriormente, a comissão de especialistas independentes do FDA aprovou as vacinas da Pfizer e da Moderna e, embora não tenha obrigação de seguir o conselho dessa comissão, o FDA costuma fazê-lo.

 

Vacina da Johnson, eficácia

Segundo o FDA, A eficácia geral nos Estados Unidos foi de 72% e 64% na África do Sul. Em se tratando de resultados contra formas graves da doença a eficácia foi de 86% nos Estados Unidos e 82% na África do Sul. Considerando os casos moderados a graves a eficácia foi de 66%. Além disso, a vacina também reduziu a transmissão do vírus nos vacinados.

A empresa informou, no mês passado, que a eficácia na prevenção da Covid-19 e de diversas variantes desta foi de 66%. Esse dado é referente a um teste global realizado com quase 44 mil pessoas nos Estados Unidos, África do Sul e América Latina.

Os testes incluíram o Brasil, com 7.560 voluntários, e outros países latinos como Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. A vacina da Johnson é a única vacina em etapa avançada de testes com apenas uma dose e utiliza a tecnologia de vetor viral.

Os resultados da vacina da Johnson demonstraram menor eficiência desta em relação as vacinas dos laboratórios Moderna e Pfizer/BioNtech, sendo estas últimas aplicadas em duas doses e com eficácia geral de 95%. Porém, na África do Sul, a vacina da Johnson se apresentou mais eficaz, inclusive contra a variante mais contagiosa.

Nenhuma pessoa vacinada com a vacina da Johnson morreu de Covid. Apesar da divulgação da própria empresa e da FDA, os resultados ainda não foram divulgados em nenhuma revista científica.

A vacina da Johnson está aguardando aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos e, de acordo com o New York Times, a autorização pode ser concedida ainda este mês de fevereiro, até o dia 27.

A empresa ainda não entrou com pedido de registro junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso emergencial da vacina no Brasil. Porém, ela pode fazer isso a qualquer momento, uma vez que ela foi testada no Brasil e, segundo determina a Anvisa, somente vacinas testadas no Brasil podem fazer a solicitação.

No anúncio realizado pela Johnson foi também constatado que o período de proteção começou 14 dias após a vacinação e a eficácia foi aumentando com o passar do tempo. Entre os vacinados, não houve nenhum caso grave de Covid após 49 dias da aplicação da vacina.

Além de garantir 100% de proteção contra hospitalização e morte por Covid 28 dias após a vacinação, ou seja, após esse período de 28 dias não foi constatada nenhuma morte ou hospitalização por Covid.

Um dado importante é que a vacina é compatível com a rede de frio de vacinação usada no Brasil, ou seja, ela pode ser armazenada por pelo menos três meses em temperaturas que variam entre 2°C a 8°C e, se for armazenada a -20°C, ela pode ficar armazenada por até dois anos, segundo estima a empresa.

Ao todo são oito imunizantes que tiveram seus dados de eficácia divulgados, ou seja, que tiveram os resultados avaliados e validados por outros cientistas. Outros desenvolvedores apenas divulgaram a eficácia de suas vacinas, sem publicar estudos, são eles: Sputnik V (91,4% de eficácia), Novavax (89,3% de eficácia), Sinopharm (79,3% de eficácia) e CoronaVac (50,38% de eficácia).