A incerteza econômica causada pelo Covid19 deve custar R$ 4,7 trilhões à economia mundial em 2020, ela deve desacelerar e crescer menos de 2%, prevê a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
O vírus causa instabilidade nos mercados financeiros mundiais, preocupações sobre a cadeia de suprimentos mundial e incerteza no preço do petróleo, poucos países devem escapar aos seus efeitos.
Veja a seguir um gráfico ilustrativo da previsão de crescimento mundial em 2020:
Um importante economista de Obama, em entrevista com a Business Insider, diz que existe “um perigo real”: a recessão eminente de corona vírus pode ser pior do que a crise financeira de 2008.
Nos últimos sete dias, as ações continuaram em queda livre e registraram seu pior resultado desde a crise financeira de 2008, demissões estão subindo e indústrias inteiras podem ser demolidas como consequência.
Mas vocês devem estar se perguntando, quais são os efeitos da recessão e o que exatamente ela significa para a economia mundial…
Bom, primeiramente recessão econômica é quando o PIB de um país diminui por dois trimestres consecutivos, ou seja, a recessão diz respeito a contração da economia.
Alguns dos principais sinais de recessão econômica são:
- Redução dos níveis de produtividade das indústrias.
- Aumento do desemprego entre setores produtivos da sociedade.
- Diminuição da renda das famílias.
- Queda dos níveis de investimento.
- Crescimento muito baseado no consumo.
- Política de controle econômico com relaxamento das taxas de juros.
- Bolhas econômicas em diversos setores da economia.
Os efeitos são drásticos e podem prejudicar o país num futuro próximo.
Como sair com a economia mundial em recessão?
Superar uma crise econômica não é uma missão fácil, geralmente é necessário a criação de uma série de pacotes econômicos, com redução de juros e de austeridade por parte do governo.
Um ponto importantíssimo, é quem será designado para governar o país em crise. A formação de uma equipe econômica experiente para analisar o cenário e traçar estratégias faz parte do processo.
A recessão econômica influencia diretamente os mercados de importação e exportação, por isso a preocupação da maioria dos países investidores é os Estados Unidos da América.
Justamente por ter grande influência econômica e exercer um grande poder sobre organismos financeiros internacionais, além de possuir medidas ou políticas protecionistas em relação a entrada de produtos estrangeiros em seu país, criando taxas alfandegárias.
Donald Trump parece estar ansioso para retomar o máximo da economia possível ao normal em questão de dias.
O atual presidente, entrou em uma onda no Twitter instando a economia dos EUA a voltar aos negócios como de costume, começando já na próxima semana, isso irá estabelecer um conflito com estados individuais e especialistas em saúde pública que estão bastante preocupados com a propagação do corona vírus, e por isto estão exigindo medidas de contenção ampliada.
No final da noite de domingo (22), Trump publicou um tuíte dizendo “não podemos deixar a cura ser pior que o próprio problema”, dizendo ao final de um período de 15 dias de grande atividade econômica interrompida, finalizou este tuíte dizendo: “tomaremos uma decisão sobre qual caminho seguir”.
Este foi o tuíte:
Além disso, o Federal Reserve anunciou nesta segunda-feira (23), novos programas para ajudar a economia dos EUA em meio à pandemia da coronavírus, entre eles, incluem a compra ilimitada de títulos e o estabelecimento de três instalações para apoiar empresas, consumidores e empregadores.
Como fica o Brasil?
Bom, mas e o Brasil? Como ficará a nossa economia diante dessa pandemia e possível recessão econômica?
Em momento de incerteza na economia mundial, os investidores globais tendem a sair de mercados emergentes, como o brasileiro, considerados mais arriscados e buscar segurança em ativos sólidos. Esse movimento é um dos principais culpados pela forte queda da Bolsa Brasileira e a valorização do dólar frente ao real.
O Brasil pode, efetivamente, sentir os impactos da nova crise, caso ela se confirme nos próximos meses.
Jair M. Bolsonaro, atual presidente da república, nesta manhã de segunda-feira (23), esclareceu que a referida MP, resguarda ajuda possível para os empregados. Ao invés de serem demitidos, o governo entra com ajuda nos próximos 4 meses, até a volta ao normal das atividades do estabelecimento, sem que exista a demissão do empregado.
Mais detalhes relevantes que o atual presidente revelou a mídia, sobre as ações atualizadas do Governo em combate ao coronavírus, são:
- Projeto de simplificação temporária de regras trabalhistas.
- Trabalhador e empregador poderão celebrar acordos individuais, respeitando os limites da constituição.
- Auxílio emergencial de R$15bi para trabalhadores informais.
- R$5bi para pequenas e micro empresas.
- Facilitação e renegociação de créditos.
- Desburocratização para importação de insumos e matérias primas.
- Prorrogação do prazo de pagamento do FGTS, injetando R$30bi na economia.
- Adiamento do pagamento do Simples Nacional, com economia de R$22,2bi para pequenas e médias empresas.
- Redução de 50% nas contribuições para o sistema S , beneficiando empregadores.
- Permitiu a suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses sem salário.
- Antecipação de parcela do 13° de aposentados e pensionistas.
- Suspensão da prova de vida por 120 dias, sem interromper os pagamentos-INSS.
- Antecipação do abono salarial para junho, injetando R$12,8bi na economia.
Esperamos que o Governo Federal juntamente com a Justiça, o Congresso, Estados e Municípios juntos, construam uma saída estrutural federativa, para vencermos essa fase.