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CAGED Reporta 142.690 Empregos Formais em 2020

empregos formais em 2020

De acordo com o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) a marca de empregos formais em 2020 foi de 142.690. Ainda conforme os dados divulgados, esses números são considerados animadores, sobretudo devido a um ano com um PIB em queda e situação de pandemia.

Embora o CAGED aponte que a quantidade de novos empregos formais 2020 represente um cenário favorável, os percentuais de desempregos em diversos municípios e estados atingem marcos altíssimos. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, fechou o ano aumento de 14,6% na taxa de desemprego. Já em São Paulo, 3,5 milhões de ficaram sem empregos no ano que encerra a segunda década dos anos 2000.

 

Empregos Formais em 2020 Deixa Governo Otimista

Ainda que o número de desemprego seja preocupante e reflita um cenário pessimista, o CAGED e o Governo Federal acreditam que o número de novos empregos represente um percentual considerado bom, principalmente ao considerar o cenário de crise que o país enfrenta.

O ano de 2020 trouxe muita preocupação não apenas à saúde, mas também às finanças de milhões de famílias, já que milhares de brasileiros foram demitidos em virtude de encerramento de atividades ou redução no quadro funcional de diversas empresas como uma forma de contenção de gastos.

De acordo com o acumulado do ano, os empregos formais em 2020 representam um saldo positivo em quatro dos cinco grupos de atividades econômicas. Ainda conforme dados divulgados pelo Governo Federal, sabe-se que os grupos são:

“Construção (+112.174 postos), Indústria geral (+95.588 postos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+61.637 postos), Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+8.130 postos), e Serviços (-132.584 postos)”.

Santa Catarina, Paraná e Pará foram, respectivamente, os três estados com maior número de criação de empregos formais em 2020.

De acordo com o atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos fatores que contribuiu para esse cenário considerado otimista foi a criação de programas e medidas adotadas pelo Governo Federal, tais como o Auxílio Emergencial e o Programa de Preservação de Empregos.

Nas palavras de Guedes:

“De um lado, o Auxílio Emergencial fez a maior transferência de renda direta para 64 milhões de brasileiros quando digitalizamos e auxiliamos com transferências direta de renda e, por outro lado, o Bem, que está sendo premiado internacionalmente, que preservou 11 milhões de empregos”.

 

Expectativa de Emprego em 2021

Se, de um lado da corda temos os empregos formais em 2020, do outro temos a expectativa de como será o cenário em 2021.

A chegada da vacina fez com que o contexto trabalhista ficasse muito mais otimista. Com a população imunizada, ainda que paulatinamente, o fantasma do lockdown fica cada vez mais distante e a retomada de setores que até então estavam impossibilitados de trabalhar (como espaços culturais, segmento de eventos, etc.), poderão retornar à ativa e, quem sabe, melhorar ainda mais o cenário empregatício.

O que se espera, de fato, é que este ano supere consideravelmente o marco de empregos formais em 2020.

Outro fator positivo que contribui a um cenário otimista foram os programas de distribuição de renda promovidos pelo Governo Federal, como o Auxílio Emergencial, por exemplo, que garantiu que milhões de famílias tivessem acesso ao básica para manutenção das residências. Com esse suposto equilíbrio nas contas, quem ainda está desempregado poderá se organizar melhor para exercer novas funções e até mesmo se profissionalizar.

De acordo com Wilma Dal Col, diretora da ManpowerGroup, até agora, o cenário empregatício está semelhante ao mesmo período do ano anterior, época em que ainda não havia pandemia no Brasil, e isso faz com que o mercado financeiro e, consequentemente, as corporações e empregabilidade respondam positivamente.

Em uma pesquisa feita com empresários do estado de Minas Gerais, 17% dos empregadores acreditam que haverá significativo aumento na contratação, enquanto 8% possuem uma visão mais pessimista e apostam em demissões. Já 70% não acreditam em mudanças significativas na força de trabalho.