Outro dia estava conversando com um amigo sobre um trabalho de consultoria em planejamento estratégico e ele, que nada entendia do assunto e verificando a complexidade da coisa, me fez uma inusitada pergunta:
– Mas… De que adianta planejar tanto se não há nenhuma garantia de que haverá a adequada execução.
Diante da inusitada pergunta eu respondi na hora, explicando que a coisa toda tinha a ver com diminuição de riscos. Mas depois confesso que fiquei refletindo sobre a coisa toda. Sabe… De fato ele tem razão em sua inusitada pergunta.
Eu me recordo de um monte de gente que modelou seu negócio, criou um mega planejamento estratégico, tudo super complexo, incluindo todas as tarefas a serem executadas. O passo a passo. O plano de ação. O plano de marketing… Tudo! Colocou em papel cartão. Encadernou em capa dura com letras douradas. Genial. Lindo. Uma obra de arte.
Mas essa mesma pessoa nunca tirou aquilo do papel.
Afinal, você é um empreendedor ou um autor de livros? Ou, quem sabe, um pesquisador?
Planejar é importante, mas executar é fundamental.
O planejamento estratégico não pode ser um fim em si mesmo. Ele aumenta as suas chances de sucesso, já que te dá um direcionamento e te força a ter mais conhecimento sobre a organização como um todo.
E mais, devemos nos lembrar que o papel aceita tudo! O plano nunca vai retratar toda a complexidade da realidade. Eu disse NUNCA.
Eu já vi um monte de pesquisa a respeito, mas sei que em geral, cerca de 35% de todas as coisas que foram planejadas não são cumpridas.
Mas existem algumas dicas que diminuem essa distancia e eu vou citar algumas delas:
1) De nada adianta criar uma estratégia para a empresa se o Presidente não vai aderir ou participar. Ele não só deve participar como deve ser o principal estrategista, o líder. Isso também serve para aqueles empreendedores que contratam consultores para elaborar seus planos de negócio.
2) A equipe que vai executar também deve participar ativamente. Ninguém deve ser excluído, mas a coisa toda deve ser dividida por uma questão de organização. Para não criar tumulto, dependendo do número de colaboradores da empresa.
3) No nosso tempo, os cenários mudam rapidamente. Tudo fica desatualizado muito rápido, inclusive as estratégias. Por isso, o plano deve ser revisado de tempos em tempos. Isso deve ocorrer de tantos em tantos meses.
É isso. Essas são apenas algumas dicas importantes e que servem para todos… Não fique planejando algo eternamente. Planeje o que for adequado e parta logo para o trabalho.
E então? Pronto para começar? Mãos à obra.
Até a próxima, pessoal!