DÍVIDAS: Pagamento Empréstimo BNDES suspenso por 6 meses

EMPRÉSTIMO BNDES SUSPENSO

Pagamento Empréstimo BNDES suspenso por 6 meses!

Hoje temos uma boa notícia para os micro e pequenos empreendedores que estão tentando equilibrar as contas no meio dessa crise: vai voltar a suspensão do pagamento de dívidas do BNDES. O banco anunciou que a nova suspensão do pagamento vai durar seis meses.

Trata-se de uma medida que busca aliviar, mesmo que temporariamente, o caixa das empresas, que anda cada vez mais apertado nesses tempos de turbulência, como explicou Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES:

“O que queremos é ajudar as empresas que precisam dessa pausa para voltar ao processo de normalidade, gerando empregos”.

 

Pagamento Empréstimo BNDES suspenso por 6 meses: quem poderá se beneficiar?

Essa suspensão do pagamento de dívidas do BNDES poderá beneficiar, segundo as estimativas do banco, cerca de 100 mil micro e pequenas empresas, totalizando cerca de R$ 2,9 bilhões em parcelas.

Estão contemplados pela medida as empresas que realizaram operações de crédito indiretas com o BNDES, ou seja, empréstimos intermediados por outros bancos e instituições financeiras.

O programa, diferentemente do ano passado, que envolvia empréstimos diretos e indiretos, para empresas de todos os portes, este ano foi voltado para micro e pequenas empresas. Mas, o banco já anunciou que está estudando a possibilidade de estender a suspensão do pagamento de dívidas para as médias e grandes empresas.

Contudo, se isso ocorrer, será para contemplar um grupo menor que o do ano passado, sendo voltado agora para os segmentos que mais foram afetados pelos impactos causados pela pandemia, como o setor de bares e restaurantes, por exemplo.

Os setores econômicos que estão elegíveis para se beneficiar com pagamento do empréstimo BNDES suspenso são: 

  • “atividades esportivas e de recreação e lazer; 
  • audiovisual;
  • edição; 
  • hotéis;
  • fabricação de peças e acessórios para veículos automotores; 
  • construção de embarcações e estruturas flutuantes; 
  • transporte metroferroviário de passageiros; 
  • aeroportos; navegação de apoio; 
  • tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados; 
  • confecção de artefatos do vestuário e acessórios; 
  • impressão e reprodução de gravações; 
  • fabricação de móveis e indústrias diversas; 
  • e comércio de outros produtos em lojas especializadas.” 

Segundo o banco, essa seleção partiu de uma lista desenvolvida pelo Ministério da Economia, que identificou quais segmentos econômicos foram mais afetados pela pandemia da Covid-19, além da análise de dados atualizados sobre a variação da arrecadação dos setores, assim como a análise setorial feita pelo próprio BNDES.

Eles ainda não informaram como fazer para aderir a essa suspensão. No ano passado, quem tinha interesse em aderir à suspensão do pagamento de dívidas do BNDES deveria entrar em contato com o banco ou instituição financeira que intermediou a operação de crédito solicitando a adesão ao programa. É muito provável que as regras sejam as mesmas nesta nova rodada.

Vale destacar que o adiamento no pagamento do empréstimo não afetará o prazo total crédito, assim como não haverá a incidência de juros de mora durante o período em que o pagamento das parcelas estará suspenso.

 

A Volta do Pronampe

Além dessa suspensão no pagamento de dívidas do FGTS, os empresários estão ansiosamente aguardando o retorno do Pronampe.

O Ministro Paulo Guedes sinalizou essa semana que a volta do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte estaria nas mãos do Poder Legislativo.

O deputado Efraim Filho, que conversou com Guedes sobre o assunto, disse em entrevista ao Valor Econômico que o ministro da Economia havia dito que se o parlamento votar logo o projeto de lei que está em tramitação no Congresso com o objetivo de transformar o Pronampe em uma política permanente, o governo não precisaria mais editar a Medida Provisória criando uma nova rodada do programa de crédito, agora em 2021.

“O Pronampe ainda é ponto de divergência, se vem via MP ou se votaremos o PL que já foi aprovado pelo Senado. Guedes afirmou que o governo está à disposição para negociar. Ele resolveu esperar se a Câmara se compromete a votar o projeto no curto prazo”, afirmou Efraim Filho.

Na última quarta-feira (dia 28.04), Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, chegou a adiantar que o governo tinha previsto algo em torno de “R$ 5 bilhões ou R$ 6 bilhões para o Pronampe”, dentro do pacote de medidas que o governo estava editando para acelerar a retomada da economia.

O projeto de lei que torna o Pronampe uma política oficial de crédito para micro e pequenas empresas é uma proposta do senador Jorginho Mello. O texto estabelece que as empresas poderão contratar empréstimos de até 30% da receita bruta anual do ano anterior. As empresas que possuem menos de 1 ano de vida, poderão contratar empréstimos de até 50% do seu capital social ou de até 30% do valor da média de sua receita bruta mensal, multiplicada por 12. Esses empréstimos terão taxa de juros anual máxima de 6% do valor concedido.

O Sebrae atuará como parceiro do programa, oferecendo assistência e orientação de crédito às empresas que contratarem empréstimos via Pronampe. 

Vamos aguardar os próximos dias para saber se a matéria de fato entrará na pauta de votação do Senado ou se o governo irá publicar a Medida Provisória com a volta do Programa de crédito voltado especialmente para as micro e pequenas empresas.

Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre o pagamento empréstimo BNDES suspenso por 6 meses!