Professores no grupo prioritário da vacina: Conheça a proposta!

professores no grupo prioritario

A inclusão de professores no grupo prioritário para vacinação é uma proposta que foi protocolada nesta terça (21.02). O documento defende que os profissionais que lecionam, bem como os demais servidores que atuam na esfera da educação (pedagogos, diretores, merendeiros, dentre outros), integrem a lista de prioridade no Plano Nacional de Imunização (PNI).

A referida proposta que visa acrescentar os professores no grupo prioritário tem como autor o deputado estadual Wilson Santos (PSDB). No texto-base, solicita-se que os profissionais passem a incorporar a lista de prioridade assim que as aulas presenciais retornarem, uma vez que esses profissionais estarão em grande contato e propensos ao contágio.

A inclusão de professores no grupo prioritário é uma das medidas adotadas para garantir a segurança ao processo de retorno escolar, que angaria opiniões favoráveis e contrárias.

 

Proposta Para Inclusão de Professores no Grupo Prioritário

Em uma entrevista concedida PSDBista Wilson Santos, redator do projeto, constatou-se o entendimento que:

“A escola é um dos espaços privilegiados para aglomerações, proliferação do vírus e um polo gerador de contaminação. Os trabalhadores que atuam na educação são formados por um contingente com faixa etária superior a 40 anos, muitos deles com comorbidades, a maioria advinda do próprio exercício da profissão. É necessário dar mais atenção à educação e incluir estes profissionais nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19”.

Vale ressaltar que alguns municípios já estão incorporando, por conta própria, a inclusão de professores no grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização.

Em Ipatinga (MG), por exemplo, após votação na Câmara dos Vereadores, definiu-se que os profissionais de educação que forem portadores de comorbidades graves (tais como diabetes, obesidade, hipertensão e tuberculose, por exemplo) serão incluídos no grupo prioritário da vacina e, portanto, serão imunizados mais rapidamente.

Já o secretário da Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, enfatizou que embora seja favorável à inclusão de professores no grupo prioritário da vacina, a quantidade de doses de imunizante não seria suficiente para contemplar todos aqueles que lecionam na rede pública.

Em entrevista ao programa “Roda Viva”, transmitido pela Tv Cultura, Soares alegou que: “Eu sou favorável a ter vacinação [para os professores], mas temos que ter uma lógica que precisa ser observada. Quem mais morre com covid são pessoas de mais de 60 anos com comorbidades (…). Eu, se pudesse, comprava vacinas para vacinar todos os professores, mas não tem facilmente, não se encontra vacina num balcão.”

 

Escassez de Vacinas no País e Reivindicações

Os debates entre os grupos populacionais que são considerados prioritários na fila do Plano Nacional de Imunização levanta debates. Se, por um lado, é consenso que idosos devem ser imunizados mais rapidamente, não há um acordo entre quais profissionais representam mais riscos, já que grande parte da população defende que sua classe integre a lista, uma vez que quase todos têm contato direto com o público e, portanto, são mais propensos ao contágio.

Profissionais atendem nos serviços considerados essenciais também endossam o coro que pedem pela caracterização de prioridade. O que acontece é que nesse cenário, a escassez de vacinas ainda é um problema a ser enfrentado.

De acordo com uma matéria publicada pela BBC News Brasil, há, principalmente, três erros cometidos pelo Governo Federal que contribuíram para a escassez de vacinas, o que acaba por dificultar o acesso de professores no grupo prioritário. Gonzalo Viana Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, apontou que:

“O Brasil teria condições de ter uma oferta muito maior de vacina se nós tivéssemos feito o que outros países fizeram, como, por exemplo, o Chile. O Chile hoje tem três doses de vacina por habitante, só que ele começou a comprar vacina em setembro”.

Vale lembrar que nos últimos dias, foi entregue um documento ao STF com a inclusão de novos grupos prioritários para receber a vacina.

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