298No Programa Nacional de Imunização (PNI), os públicos prioritários representam aqueles que devem ser submetidos à vacinação na frente dos demais pois correm mais perigo, seja de contágio, como no caso dos profissionais da saúde, seja em relação ao menor desempenho de imunidade, como os idosos. Reunimos nos tópicos abaixo as principais informações a respeito. Confira:
Embora a vacinação já tenha começado há alguns dias, ainda não havia devidamente sistematização um cronograma unificado que estabelece a ordem de vacinação e dos grupos prioritários. Contudo, nesta quinta-feira (28), o Governo Federal divulgou o cronograma com identificação dos públicos prioritários que deverão ser submetidos à vacinação antes dos demais cidadãos.
A decisão de quem iria compor os grupos prioritários foi do Ministério da Saúde, levando em consideração as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Além disso, o Ministério da Saúde reiterou que a decisão dos grupos prioritários também considerou as indicações do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Quem Integrará os Grupos Prioritários Para Vacinação?
De acordo com os dados divulgados nesta quinta pelo Governo Federal, o Programa Nacional de Imunização contará com 27 categorias prioritárias.
Nesses grupos, serão classificadas pessoas com idade ou superior a sessenta anos de idade, bem como trabalhadores da saúde (que estão mais suscetíveis ao contágio devido à exposição ao vírus), além da população indígena e pessoas em situação de rua.
A inclusão de desabrigados na lista de públicos prioritários foi um grande passo para a campanha, pois, até então, não se sabia ao certo se pessoas em condição de rua integrariam a frente.
Há também a identificação de outras categorias como grupos prioritários, tais como trabalhadores de transporte coletivos (motoristas de ônibus circulares, intermunicipais, interestaduais, interurbanos, etc.); assim como professores e profissionais da educação básica e superior.
Confira a nota divulgada pelo Ministério da Saúde:
“O Ministério da Saúde recomenda que os gestores de saúde sigam essa ordem estipulada pelo Plano de Vacinação, de acordo com as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com a lógica tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas”.
Grupos Prioritários na Íntegra
Como mencionado, haverá 27 grupos que integrarão os grupos prioritários. Confira a lista na íntegra:
- Pessoas com 60 anos ou mais e que estejam institucionalizadas;
- Pessoas com deficiência institucionalizadas;
- Povos indígenas vivendo em terras indígenas;
- Trabalhadores de saúde;
- Pessoas de 80 anos ou mais;
- Pessoas de 75 a 79 anos;
- Trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA);
- Trabalhadores da educação do Ensino Superior;
- Forças de segurança e salvamento;
- Forças Armadas;
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;
- Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário;
- Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores portuários;
- Trabalhadores industriais;
- Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
- Pessoas de 70 a 74 anos;
- Pessoas de 65 a 69 anos;
- Pessoas de 60 a 64 anos;
- Pessoas que possuam comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente grave;
- Pessoas em situação de rua;
- População privada de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Trabalhadores de transporte aéreo;
- Trabalhadores de transporte aquaviário.
Vacinação em Clínicas Privadas
Embora o SUS esteja encabeçando a campanha de vacinação, clínicas e laboratórios privados já estão de olho no segmento. O que se espera é que as vacinas privadas comecem a ser distribuídas em abril deste ano.
Esse cenário, no entanto, não é certo e dependerá de uma grande burocracia. Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina) acreditava que não haveria vacinas disponibilizadas por clínicas privadas até o primeiro semestre de 2020.
O cenário mudou quando, em novembro, o laboratório Bharat Biotech, da Índia, mostrou-se disposto a ofertar a vacina para comercialização.
Dia 12 de janeiro, a associação divulgou a compra de cinco milhões de dose, levando milhares de brasileiros à procura pela demanda. Acontece que esse processo pode ser demorado e burocrático, já que se trata de um cenário que ainda é considerado de calamidade pública e precisa atender, a princípio, os públicos prioritários.