CoronaVac e AstraZeneca passarão pelo crivo da Anvisa neste domingo (17). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recebeu os pedidos de análise emergencial, mas ainda espera dados adicionais. Saiba como está a situação de cada uma.
Milhões de brasileiros aguardam ansiosos a aprovação da Anvisa. Como explicamos neste post, o protocolo de vacinação será dividido em diferentes faixas, contemplando os mais vulneráveis primeiro.
No Brasil, as vacinas que aguardamos chegar ao público devem ser submetidas a uma rigorosa análise, que é feita pela Anvisa e busca atestar não apenas a eficácia, mas também os possíveis efeitos colaterais.
A população espera a aprovação das vacinas CoronaVac, AstraZeneca/Oxford e Pfizer/ BioNTech. Todas já foram submetidas à análise da Anvisa e a autorização emergencial será divulgada neste domingo.
Entenda como está o andamento de cada vacina perante a Anvisa e como o órgão regulamentador é fundamental para conter o cenário pandêmico.
Papel da Anvisa na Crise
A Anvisa é uma instituição antiga que funciona há décadas regulamentando uma série de serviços em relação à segurança sanitária. Medicamentos, suplementos e cosméticos, por exemplo, são produtos que devem ser regulamentados pela instituição antes de serem comercializados.
Na crise em que o país se encontra, a Anvisa exerce um papel fundamental: atestar a eficácia das vacinas e seus possíveis riscos, para que os brasileiros tenham acesso apenas às substâncias que ofereçam real eficácia e o mínimo de efeitos colaterais possível para, deste modo, conduzir ao fim da pandemia.
Vale lembrar que foi graças ao papel da Anvisa que em setembro de 2020 retomou-se o estudo sobre a vacina de Oxford, que havia sido suspenso.
Além disso, coube à Agência Nacional da Vigilância Sanitária a liberação da importação de seis milhões de dose da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac.
Entenda em que pé está o andamento de cada vacina:
AstraZaneca – Oxford
A vacina AstraZaneca, produzida pela universidade britânica Oxford, é que será administrada e disponibilizada pela Fiocruz. A previsão é que ela chegue em território brasileiro dia 20 de janeiro, com uma leva de 2 milhões de doses prontas.
De acordo com as informações divulgadas, essa vacina tem taxa de 70,4% de eficácia. Mas a conta é mais complexa, pois envolve também outros aspectos primários da pesquisa.
A Fiocruz encaminhou à Anvisa um pedido de urgência no dia 07 de janeiro, mas a instituição retornou que não há informações completas e não houve o envio dos relatórios da pesquisa que sustentem a liberação.
O que se espera, de acordo com Nísia Trindade Lima, atual presidente da Fiocruz, é que após a vacina chegar, a aplicação deverá ser feita em até cinco dias, mas obedecendo ao Plano Nacional de Imunização.
CoronaVac
A vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em conjunto com o laboratório Sinovac, aguarda apenas a liberação da Anvisa para que o estado paulista comece o cronograma de imunização, que, de acordo com o Governo estadual, estaria prevista para o dia 25 de janeiro.
Assim que o pedido de emergencial foi encaminhado ao órgão, verificou-se que faltava, ainda, que o Butantan enviasse alguns dados adicionais, mas que não prejudicarão o prazo estipulado.
A CoronaVac está sendo produzida no Brasil e é uma das que está em estágio mais avançado, tendo comprovado 50,38% de eficácia total em relação à aquisição do vírus, e 100% de eficácia em relação a casos moderados e graves.
Pfizer – BioNtech
A vacina produzida pelo laboratório Pfizer já está sendo aplicada em diversos países.
Conforme os dados finais divulgados, esse imunizante oferece 93% de eficácia geral, e deve ser tomada em duas doses para garantir os resultados.
Atualmente essa vacina está sendo aplicada em doze países, entre países latino-americanos e integrantes da União Europeia.
Vale lembrar que a negociação da vacina da Pfizer está sendo feita com o Brasil desde 15 de agosto. Eduardo Pazuello, Ministro da Saúde, solicitou ao laboratório condições para a aquisição de 70 milhões de doses.
A Anvisa passou por uma reunião recente com os representantes da Pfizer, que esclareceram dúvidas e forneceram orientações para conduzir o pedido emergencial.