Guedes quer criar novo imposto para bancar Auxílio Brasil

Medida para bancar Auxílio Brasil pode enfrentar grande resistência no Congresso Nacional
PAULO GUEDES

O benefício do Auxílio Brasil de 600 reais continuará a ser pago em 2023, segundo o governo. Tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto a equipe econômica estão afirmando toda semana que o aumento de 200 reais será permanente.

O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou em entrevista à rádio Itatiaia de Minas Gerais há poucos dias, que o governo já tem um plano para custear a manutenção dos 600 reais do Programa Auxílio Brasil para 2023.

Ele falou que, apesar de constar no Orçamento do ano que vem o valor mínimo de R$ 405, a manutenção dos 600 reais do Auxílio Brasil já está garantida.

Segundo ele, a ideia é que o governo consiga aprovar no Congresso Nacional um projeto de lei para taxação de grandes fortunas, para que, com esse recurso que será arrecadado, o programa Auxílio Brasil possa ser custeado.

Ou seja, a ideia do ministro é que cerca de 60 mil bilionários que existem no Brasil hoje possam custear o aumento do Auxílio Brasil por meio do pagamento de impostos sobre grandes fortunas.

Guedes confirmou que essa media seria suficiente para assegurar os R$ 195 mensais a mais da medida para os 20 bilhões de beneficiários.

“Nós já tínhamos orçado um pagamento de pelo menos 15%, o que daria R$ 69 bilhões e, com isso, nós pagaríamos tranquilamente os R$ 52 bilhões desses R$ 200 a mais no Auxílio-Brasil para garantir que ficam em R$ 600. Então, isso aí não causa perturbação nenhuma na nossa programação orçamentária”, afirmou Guedes.

Entretanto, essa medida de taxação sobre os mais ricos pode enfrentar forte resistência no Congresso Nacional e, dessa forma, o governo precisará encontrar outra maneira de bancar o Auxílio Brasil em 2023. Outra opção que vem sendo comentada pelo presidente Jair Bolsonaro é a de taxar dividendos.

Veja no vídeo abaixo mais informações sobre o  Auxílio Brasil.

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