Produção da Vacina de Oxford Adiada, Admite Fiocruz

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De acordo com pronunciamento recente da Fiocruz, a produção da vacina de Oxford adiada se deu por motivos logísticos que falta de insumos para a fabricação.

Esses insumos que precisam chegar em território brasileiro estão vindo da China. A remessa das propriedades estava prevista para janeiro de 2021, para que em fevereiro pudesse começar a integrar os protocolos de imunização.

O prazo, no entanto, não está sendo cumprido e a Fiocruz admitiu problemas na logística por meio de ofício entregue ao Ministério Público Federal (MPF). No documento, a instituição indica que a vacinação, que estava prevista para fevereiro, foi prorrogada em mais um mês e agora espera-se que o cronograma se inicie em março.

Com a produção da vacina de Oxford adiada, muitos brasileiros são prejudicados, já que as doses disponibilizadas pelas outras instituições e laboratórios ainda não são suficientes para cumprir todas as etapas do calendário de imunização.

 

Produção da Vacina de Oxford Adiada: O Que Esperar?

Em 2020, quando a pandemia se instaurou e o cenário mundial se tornou caótico, deu-se início à corrida científica em busca de antígenos capazes de imunizar a população para conter o cenário.

A Oxford, centenária universidade inglesa, foi uma das primeiras a apresentar resultados satisfatórios com pesquisas de ponta. Tamanho o sucesso dos dados divulgados, que a universidade se uniu a outros laboratórios para distribuir as doses ao mundo após aprovação dos órgãos de regulamentação.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o insumo faltante necessário à fabricação das doses da vacina Oxford/AstraZeneca é o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), de responsabilidade da AstraZeneca.

Ainda conforme a instituição, espera-se que até julho sejam produzidas cerca de cem milhões de doses e, até o fim do ano, cento e dez milhões.

Nesse sentido, espera-se que em março as doses cheguem à população para atender a fase prioritária de imunização, já que a produção da vacina de Oxford adiada prejudica o cenário e atrasa o processo de imunização.

Confira a nota da Fiocruz na íntegra:

“Embora ainda dentro do prazo contratual em janeiro, a não confirmação até a presente data de envio do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) poderá ter impacto sobre o cronograma de produção inicialmente previsto de liberação dos primeiros lotes entre 8 e 12 de fevereiro. O cronograma de produção será detalhado assim que a data de chegada do insumo estiver confirmada. Ainda que sejam necessários ajustes no início do cronograma de produção inicialmente pactuado, a Fiocruz segue com o compromisso de entregar 50 milhões de doses até abril deste ano, 100,4 milhões até julho e mais 110 milhões ao longo do segundo semestre, totalizando 210,4 milhões de vacinas em 2021”.

 

Índia Envia 2 Milhões de Doses ao Brasil

Mesmo depois do atraso resultante da falta de insumo para produção do imunizante que resultou na produção da vacina de Oxford adiada, a Índia anunciou que está enviando dois milhões de doses da vacina ao país, como apontado pela Fiocruz.

A expectativa é que o lote desembarque no país no dia 22 de janeiro, nesta sexta. Vale ressaltar que mesmo diante do atraso, o Ministro da Saúde, Pazuello indicou que o IFA não estava atrasado, e em seguida o Butantan corrigiu essa informação.

Foi na noite desta quinta (21) que o avião partiu de Mumbai, na Índia, com destino ao Brasil contendo a carga de doses restantes.

Vale lembrar que na quinta passada (14), o Brasil chegou a cogitar buscar por conta própria as doses, embora o avião que havia sido escalado para tal missão nunca tenha chegado a, de fato, decolar.

Fato é que a Índia paralelamente a esse cenário começou o processo de imunização por lá, e atender o Brasil nos primeiros dias era inviável. Já na terça (19), a Índia indicou que iria fornecer doses para seis países: Nepal, Bangladesh, Maldivas, Butão, Mianmar e Seicheles.

Mas foi só na quinta (21) que a exportação foi liberada para o Marrocos e para o Brasil.

Com os insumos em terras brasileiras, a campanha de imunização poderá seguir seu curso e a produção da vacina de Oxford adiada retoma a produção para ser incorporada nos cronogramas de imunização.

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