Covaxin: Nova vacina chega ao país em Março

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O Governo brasileiro fechou contrato para compra de 20 milhões de doses da Covaxin, imunizante de origem indiana. O acordo calcula a entrega das vacinas de forma escalonada entre os meses de março e maio.

O investimento feito pelo Ministério da Saúde foi de R$ 1,614 bilhões. O contrato foi assinado durante a noite de quinta-feira (25) para a compra das 20 milhões de doses da Covaxin,  produzida pela farmacêutica Bharat Biotech. A empresa “Precisa Medicamentos” é quem fechou o acordo, ela é a representante da farmacêutica aqui no Brasil.

O governo, então, terá mais uma vacina contra a covid-19 disponível para imunizar a população com a compra da Covaxin, além da CoronaVac e da Oxford que já são utilizadas para a imunização da população no país.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil receberá as primeiras 8 milhões de doses do imunizante em março, sendo que essas doses serão divididas em dois lotes de 4 milhões, com previsão de entrega de 20 a 30 dias após assinatura do contrato de compra. Em um segundo momento, serão entregues mais 8 milhões de doses da Covaxin, dentro do prazo de 45 a 60 dias após assinatura o contrato. E, finalmente, em maio, é esperada a chegada do último lote das doses, 4 milhões de unidades.

 

Covaxin ainda não possui aval da Anvisa

Apesar do contrato fechado e da boa notícia sobre a chegada da vacina em março, a Covaxin ainda não teve o uso emergencial autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Portanto, não foi estabelecida uma data para a vacina Covaxin começar a ser aplicada de fato, uma vez que qualquer imunizante só pode ser utilizado a partir da liberação da agência.

O Ministério da Saúde se mostrou interessado em acelerar o processo na aquisição da Covaxin. Nesse sentido, foram publicadas portarias dispensando o uso de licitação para comprar os imunizantes. Tal iniciativa está amparada pela Medida Provisória Nº 1.026, de 06 de janeiro de 2021. Antes da MP, a compra só poderia ocorrer após a aprovação pela Anvisa. Com a medida, o governo espera disponibilizar um total de 10 milhões de doses da Sputnik V e 20 milhões da Covaxin.

De acordo com a Anvisa, são aguardados dados complementares para iniciar a avaliação da solicitação de uso Covaxin. A vacina ainda não teve os resultados dos estudos da fase três publicados e, por isso, não há elementos sobre a sua eficácia contra a Covid-19. O prazo de análise do pedido para uso emergencial da vacina será de até 30 dias.

O governo da Índia já incluiu e aplica a Covaxin em seu plano nacional de vacinação. Os resultados de um teste com mais de 25 mil participantes serão divulgados em Março. Com seus estudos clínicos em andamento, a primeira dose já foi aplicada em todos os voluntários e agora a farmacêutica indiana está em processo para aplicar a segunda dose do imunizante.

Até agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já liberou o registro da Pfizer, que ainda não possui um acordo com o Brasil. A agência concedeu o uso emergencial da Coronavac (Butantan/Sinovac) e da Covishield (Oxford/AstraZeneca).

Vacina da Pfizer: 1a. a conseguir registro definitivo no Brasil.

 

Balanço geral da vacinação no Brasil

Um levantamento realizado junto à secretarias de Saúde informa que 6.433.345 de pessoas receberam a primeira doce da vacina contra a Covid-19, segundo informações de um balanço realizado na sexta-feira (26). Esse número representa, portanto, 3,04% da população do Brasil. Já receberam a segunda dose 1.874.426 de pessoas, sendo um total de 0,89% da população do país. Significa que o total de doses aplicadas no país foi de 8.307.771.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 começou em 18 de janeiro de 2021 e, até julho, o Ministério da Saúde prevê o envio de mais de duzentos milhões de doses, com isso vacinará metade da população brasileira.

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