Inicia-se oficialmente hoje, segunda-feira, 19 de junho, os pagamentos do Bolsa Família para beneficiários cujo NIS termina em 1. O MDS declarou na sexta-feira passada, dia 17, que o valor médio pago pelo programa atingiu um recorde, alcançando R$705,40 no mês de junho. Em total, há 21,2 milhões de famílias beneficiadas e o orçamento para o mês excede R$14 bilhões.
Contudo, não todos os beneficiários se mostram contentes com os montantes concedidos neste mês, já que as mudanças recentemente implementadas resultarão em algumas famílias recebendo apenas metade do valor anteriormente concedido.
Calendário Bolsa Família para junho
A Caixa Econômica Federal realizará os depósitos do benefício de acordo com o que consta no calendário oficial divulgado pelo governo, sendo assim:
- NIS de final 1, pagamento dia 19.
- NIS de final 2, pagamento dia 20.
- NIS de final 3, pagamento dia 21.
- NIS de final 4, pagamento dia 22.
- NIS de final 5, pagamento dia 23.
- NIS de final 6, pagamento dia 26, podendo ser antecipado para o dia 24, próximo sábado.
- NIS de final 7, pagamento no dia 27.
- NIS de final 8, pagamento no dia 28.
- NIS de final 9, pagamento no dia 29.
- NIS de final 0, pagamento no dia 30.
Valores Bolsa Família
O benefício variável, referente ao adicional de R$50 pago a crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos, bem como gestantes e lactantes, começa a ser distribuído nesta segunda-feira, dia 19. O governo também passará a conceder R$ 142 por membro de cada família. Para residências com menos de quatro indivíduos, o valor mínimo de R$ 600 permanece assegurado. Além disso, persistirá o pagamento de R$ 150 para cada criança entre 0 e 6 anos.
Segundo o MDS, junho verá o maior valor já registrado pelo Bolsa Família, com uma média de R$705,40. Em declaração oficial, o Ministro Wellington Dias afirmou que as alterações recentes no programa, aprovadas pelo congresso, visam garantir que os brasileiros tenham pelo menos três refeições diárias.
Limite de renda
No entanto, nem todos os beneficiários estão contentes com os valores a serem concedidos este mês. A razão para isso é que o MDS implantou o novo sistema operacional do Bolsa Família que incluiu diversas medidas previstas na medida provisória assinada pelo presidente Lula, visando a adequação em junho.
Infelizmente para muitos, a medida provisória incluía uma emenda que alteraria drasticamente a situação para beneficiários que ultrapassassem o limite de renda do programa.
O Bolsa Família atende famílias cuja renda mensal per capita é igual ou inferior a R$ 218, ou aquelas registradas no CadÚnico, o cadastro governamental para famílias de baixa renda. Se a renda familiar aumentar a ponto de não mais se encaixar nas diretrizes do programa, a família ainda será elegível para receber 50% do valor total do benefício, desde que a renda per capita não exceda meio salário mínimo, atualmente fixado em R$660.
Esse aumento de renda pode estar associado a um membro da família que trabalha com carteira assinada, ou, por exemplo, a um filho que recebe o BPC. Esses valores podem ser verificados por meio do aplicativo do Cadastro Único, que agora contém todas as informações de renda vinculadas ao CNIS.
Portanto, se a renda exceder o limite de R$218 per capita, mas estiver dentro do limite de R$660, sem exceder meio salário mínimo, a família receberá apenas metade do valor anteriormente recebido.
Conclui-se, então, que essa redução não está relacionada à contratação de empréstimos. Para aqueles que contrataram o consignado do Auxílio Brasil nos meses anteriores, quando ainda estava sendo concedido, as parcelas continuarão a ser descontadas conforme estabelecido no contrato.