Inflação em fevereiro: alta de 2,97%

inflação em fevereiro

A inflação em fevereiro medida pelo IGP-10 registou inflação de 2,97%. Em fevereiro de 2020 o mesmo índice registou taxa de 0,01%. Enquanto no mês de janeiro/2021 a taxa foi de 1,33%. Com esse resultado o índice acumulou taxas de 4,30% no ano e 28,17% acumulada em doze meses.

O IGP-10 (Índice Geral de preços 10) mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.

O IGP-10 é um índice que mede a inflação para a população em geral, sem restrição de renda. Isso se dá pelo fato de em sua composição terem diversos outros índices, são: 60% do IPA-10 (Índice de Preços por Atacado-10), 30% do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10) e 10% do INCC-10 (Índice Nacional de Custos da Construção-10).

Devido a essa variedade de índices que estão em sua composição e que medem itens como bens de consumo e bens de produção ele é usado para reajuste de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos de saúde.

Bens de consumo são divididos em duráveis (Carro, Geladeira, televisão e etc.), não duráveis (consumo imediato e não reutilizáveis como chocolate, cigarro, sorvete e etc.) e semiduráveis (média duração, exemplo: roupa, calçado e etc.).

Já os bens de produção (ou bens de capital) são os meios usados para produzir os bens de consumo, ou seja, são comprados para serem transformados como por exemplo a madeira, o grão de soja. Eles não podem ser usados na satisfação imediata das necessidades, ou porque ainda serão transformados, ou porque desempenham função instrumentais, como por exemplo o petróleo, o trigo e o maquinário.

 

Inflação em fevereiro, entenda a diferença de índices

Segundo o IGP-10 a inflação em fevereiro teve alta de 2,97%. Já o Índice de preços ao produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, subiu de 1.60% em janeiro para 3,90% em fevereiro.  O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também subiu: de 0,76% em janeiro para 0,98% em fevereiro.

Porém a inflamação em fevereiro medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), foi de 0,59% em janeiro e caiu para 0,35% em fevereiro.

O IPCA é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos das 11 principais regiões metropolitanas do país. Os preços são coletados em mais de 28 mil comércios visitados pelos pesquisadores.

Ele é coletado do dia 1º ao dia 30 ou 31. São considerados nove grupos de produtos e serviços e, ao todo, são considerados as variações de preços de 465 subitens. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.

Ele é considerado o índice de inflação oficial do país pelo Banco Central e o governo usa o IPCA como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.

Portanto, o IPCA é um dos índices que influenciam mais diretamente na vida do cidadão brasileiro, pois ele reflete aquilo que ele está pagando pelos bens que consome. Porém, todos os índices têm sua importância na economia, pois isoladamente refletem a inflação em diferentes setores e, consequentemente, a na vida do cidadão.

Já se o cidadão tem renda de 1 a 5 salários mínimos, o índice que mais o afetará diretamente será o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), pois ele verifica a variação do custo médio das famílias com rendimento familiar médio entre 1 e 5 salários mínimos. Indica as variações de preços nos grupos mais sensíveis, que gastam todo rendimento em consumo corrente (alimentação, remédio, etc.).

Por outro lado, o IPC – FIPE calcula semanalmente os preços de 468 itens consumidos por famílias que recebem entre 0 e 10 salários na cidade de São Paulo.

Entenda como a inflação atinge as famílias de acordo com a renda, clique aqui.

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