Embora negue, o governo já tem um plano guardado para um novo auxílio emergencial de R$200,00, para o caso de ser inevitável retomar o benefício.
Como será o novo auxílio emergencial de R$200,00
Segundo divulgado no Valor Investe, a proposta do governo é pagar três parcelas de um valor menor que as prestações anteriores.
Estima-se que o novo valor seja de R$200,00, ou seja, um valor muito próximo ao valor médio pago pelo Bolsa Família atualmente, que é de R$190,00
Os critérios para ser elegível para receber o novo benefício também deverão ser bem mais restritos que os atuais, limitando significativamente a quantidade de pessoas que terão direito à extensão do auxílio, .
Lembrando que, em um primeiro momento, o auxílio emergencial ao pagar 5 parcelas de R$ 600,00 beneficiou mais de 68 milhões de brasileiros. A fase dois, ou seja, a extensão do auxílio já reduziu o valor do benefício para R$ 300,00 e atingiu um público menor, saindo de 68 para 56 milhões de pessoas.
Nesta que será a etapa 3, caso aprovada, o valor seria ainda menor, ou seja, o novo auxílio emergencial de R$200,00 será direcionado a um público bem mais restrito. A ideia desta extensão é que o auxílio seja voltado para população mais vulnerável, os mais mais necessitados entre os informais.
Com as mudanças, o impacto fiscal da medida seria minimizado, já que com a redução o custo do auxílio ficaria entre R$ 7 e R$ 10 milhões de reais por mês.
Novo auxílio emergencial de R$200,00: O que disse Paulo Guedes sobre o assunto
Na última terça-feira, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a cogitar uma possível volta do auxílio emergencial, enquanto discursava na Conferência de Investimentos da América Latina.
Mas, ele impôs condições para que isso venha a acontecer. Em sua fala, Guedes disse que o auxílio emergencial só poderia retornar caso fosse desatrelado do orçamento o aumento automático dos recursos para a educação, para a segurança e para o aumento do salário dos servidores públicos.
Em outras palavras, para ter auxílio emergencial de volta, que seria esse novo auxílio emergencial de R$ 200,00, será preciso travar o aumento de outros gastos no orçamento.
Já Rodrigo Maia disse à coluna de Chico Alves, no UOL, que discorda do posicionamento do Ministro da Economia. Para o Presidente da Câmara dos Deputados: “O que precisa é aprovar a PEC Emergencial. Estamos esperando o Senado, combinado com o Paulo Guedes, votar esse tema desde de 5 dezembro de 2019”.
De acordo com o Deputado Rodrigo Maia, a aprovação da PEC Emergencial permitiria que os gastos fossem limitados e assim, sobrariam recursos para um novo auxílio.
A previsão da votação da PEC Emergencial, cujo relator é o senador Márcio Bittar, é no próximo mês.
Quem também falou sobre auxílio emergencial foi o vice-presidente da república, Hamilton Mourão.
Ele disse que era favorável à extensão do auxílio emergencial, desde que aja um corte de despesas no orçamento.
Veja o que disse Mourão durante entrevista à Rádio Bandeirantes: “Para que se estenda esse auxílio emergencial, determinados gastos terão que ser cortados. Sou a favor da extensão do auxílio emergencial, desde que não seja algo que vá criar uma dívida ainda mais impagável para o Brasil.”
Novo auxílio emergencial de R$200,00: Quais as condições
Como vocês podem observar, a volta do novo auxílio emergencial de R$200,00 está condicionada a três pontos fundamentais:
- valor menor do benefício, ou seja, não chegará a R$ 300,00 e muito menos aos R$ 600,00 pagos nas 5 primeiras parcelas
- a quantidade de pessoas beneficiadas também será menor. Isso implica dizer que nem todo mundo que recebeu o auxílio será contemplado na nova etapa, apesar de não sabermos ainda quais serão as novas regras que tornarão os brasileiros elegíveis
- e, finalmente, tudo isso só vai acontecer se houver corte de gastos em outras áreas. Vai ter que tirar dinheiro de algum lugar, para sobrar para essas novas parcelas do auxílio emergencial.